4º Ano descobre um diamante dentro de si
Nas aulas de História, a turma do 4º Ano está aprendendo sobre o crescimento da população urbana no século XVIII, devido a atividade mineradora. Para ampliar o conteúdo, as professoras trouxeram imagens sobre as minas carboníferas de Criciúma e sobre a atividade mineradora em busca de diamantes na cidade de Lages.
Observando as imagens e a história, as crianças pensaram no tanto de esforço e valentia que as pessoas tinham para trabalharem nesses locais e no quanto a busca pelo conhecimento e a generosidade foram importantes. Até hoje, estudiosos de várias partes do mundo, como do Canadá, África do Sul e Austrália, vêm até Lages fazerem estudos naquela região, devido a publicação de artigos científicos em revistas especializadas e na imprensa em geral, de notícias sobre ocorrências minerais.
Em um segundo momento, as professoras colocaram uma foto da entrada de uma mina e falaram para as crianças que, a partir daquele momento, a turma iria fazer uma viagem em busca dos diamantes mais raros e valiosos que já existiram. Todos ficaram muito estimulados!
As professoras “guiaram” a viagem, mostrando imagens do interior das minas e, ao avistarem a imagem de uma grande rocha, informaram que ali estavam os diamantes. Então, cada criança recebeu uma “rocha” feita de massa de biscuit, e foram estimuladas a lapidar essa rocha, pois dentro dela estaria os diamantes mais preciosos de todos os tempos. Algumas crianças pegaram um lápis, outras tesouras, ou réguas para servirem de ferramenta para a lapidação.
Para surpresa de todos, dentro da “rocha” havia a imagem de um diamante e dentro do diamante estava a foto de cada criança. As professoras então falaram: “Esses são os diamantes mais valiosos que vocês podem ter, não há nada mais precioso. Onde está o verdadeiro valor deste diamante?” As crianças responderam: “está dentro da gente.” As professoras explicaram que para lapidar ainda mais esses diamantes deveria ser usada a ferramenta do conhecimento e somente com esta ferramenta é que os diamantes iriam aumentar ainda mais o seu valor.
Após a conversa, cada criança teve a oportunidade de registrar sobre as seguintes questões:
- As atitudes e os pensamentos que venho cultivando tem me mostrado que estou sendo uma pedra ou um diamante? Por quê? O que posso fazer melhor?
- Todos temos o potencial para sermos um “diamante”, quais atitudes e pensamentos eu preciso cultivar para que isso aconteça?
Para finalizar, cada criança ilustrou por meio de um desenho o momento que achou mais interessante da atividade.
“Deus nos deu um ser dotado de todas as condições necessárias para que façamos dele uma obra-prima, graças ao constante aperfeiçoamento dessas condições; aperfeiçoamento cuja obtenção requer o auxílio de conhecimentos que conduzam a inteligência ao descobrimento de cada uma das facetas desse maravilhoso diamante interno que todos possuímos, e que só brilha quando o polimos com consciência de seu imenso valor. Não discutiremos que isto seja coisa sabida pelos que atuam nas seletas esferas do pensamento, mas ainda não tivemos notícia de que alguém tenha instituído um método eficaz e seguro para guiar o semelhante até o ponto onde se encontra esse diamante e, muito menos, que tenha ensinado como ele deve ser polido. Teria chegado a tanto o egoísmo humano, ou será que devemos admitir, com sinceridade, que houve algo de miragem nos que pensaram tê-lo encontrado? Essa joia da natureza humana se acha sepultada nas próprias entranhas do ser, coberta e recoberta por camadas protetoras, à semelhança do mineral que se transforma em pedra preciosa; o único que não pode ser lapidado senão com o próprio pó; o mais límpido de todos, que não pode ser riscado por nenhum corpo, e cujas arestas cortam o cristal sem quebrá-lo.” Pedagogia Logosófica